// Pensamento Prisioneiro (1980)

Estreia | 11 de Junho na Rinchoa, Sintra
Texto | colecção de textos etnológicos com coordenação de Raúl Atalaia

Encenação | Raúl Atalaia
Cenografia | João Brites
Direcção e adaptação musical | Carla Osório

Com | Carla Osório, João Brites e Raul Atalaia


Na peça é representado o paraíso, concebido com uma enorme gaiola formada dentro de um grande guarda-chuva, onde o homem da cidade, rico e caprichoso, pretende atrair o pensamento da aguadeira, cansada e descontente com uma vida de privações.
Para além dos actores, são também, utilizados fantoches, como a cobra que devora um dos pássaros.

(sinopse do espectáculo)



Ronhão: Outra vez?
Tentilhão: Sim.
Ronhão: Então canta.
Tentilhão: (cego a cantar) Quem na prisão canta / Não vê as grades que o cercam / A mãe não o quer ouvir / Antes o quer embalar / Adormece para esquecer / E para poder sonhar.
Ronhão: Voar não é preciso / quando tudo está certo / O que fazes é perigoso / Está cego / um desgraçado / Tu devias ensiná-lo / A estarem sempre a meu lado / E lembra-te tu juraste / Ficar sempre meu criado.
Tentilhão: Não sou de ficar parado / Temos de sair daqui.