// Jerusalém (2008)

Estreia | 23 de Outubro na Fundação Centro Cultural de Belém
Co-produção | Fundação Centro Cultural de Belém
Texto | Gonçalo M. Tavares

Dramaturgia, Encenação e Espaço Cénico João Brites | Corporalidade Luca Aprea | Oralidade Teresa Lima | Análise Literária e Dramatúrgica Rui Pina Coelho | Figurinos e Adereços Clara Bento | Desenho de Luz João Cachulo | Assistência à Direcção Sara de Castro | Direcção de Montagem Fátima Santos | Apoio Técnico Guilherme Noronha e Sérgio Milhano | Fotografia André Fonseca e Susana Chicó | Agradecimentos Raquel Belchior, Rastta, Adega Carlos Camolas, Carpal LTD, Pedro Miguel Coelho 

Com | Cristiana Castro, Horácio Manuel, João Barbosa, Nicolas Brites, Raul Atalaia, Rosinda Costa e Suzana Branco



JERUSALÉM é a terceira incursão que fazemos pela obra de Gonçalo M. Tavares. Este caminho começou por ser trilhado pelo João Brites em 2005, juntamente com o Grupo de Teatro As Avozinhas, da Associação de Idosos de Palmela. Assim, foi no contexto do Festival Internacional de Artes de Rua que se desenvolveu o espectáculo OS HENRIQUES, a partir d’ O Senhor Henri.

A esta experiência seguiu-se uma outra na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde o João Brites trabalhou Um homem: Klaus Klump com os seus alunos. Na altura, esse exercício foi acompanhado por Rui Pina Coelho, o qual muito nos auxiliou agora na compreensão e re-trans-des-montagem deste JERUSALÉM.

Em relação a esta terceira etapa, foi António Mega Ferreira quem nos abriu as portas da sala Prado Coelho, dando às nossas ideias a medida da realidade e levando o mal e a guerra para dentro do Centro Cultural de Belém. 

(sinopse do espectáculo)


Mylia Evoca Mãe: A nossa filha não tem saúde
Theodor Pensa: Esta foi a primeira frase que ouvi sobre Mylia,
Theodor Fala: Não é saudável?
Mylia Evoca Mãe: Nunca foi.
Theodor Fala: Quem diz isso?
Mylia Evoca Mãe: Desde criança que tem aparições, como ela gosta de dizer.
Theodor Fala: Aparições.
Mylia Evoca Mãe: Ela vê. Diz que vê.
Theodor Fala: Ninguém vê o que o outro vê. Temos de acreditar no que nos dizem.
Mylia Evoca Mãe: Diz ver a alma.
Theodor Fala: Excelente! (.) É um luxo, pode dizer-se. Por enquanto, nós, os médicos, só temos aparelhos para ver os rins e materiais semelhantes; tudo mesquinho. Se a sua filha vê a alma, óptimo. É o que se chama ver bem ao longe! (.) Mande-a entrar. Vamos ver o que ela tem.