// Vale dos Barris :: Lugar de Espectáculo

Espectáculo
 
PRIMEIRO E SEGUNDO FIM DE SEMANA DE CADA MÊS
Até Maio de 2014
Sábados às 21h e Domingos às 17h
 
PRIMEIRO E SEGUNDO FIM DE SEMANA DO MÊS
Teatro O Bando
Sábados às 21h Domingos às 17h
MAIO
3 e 4
Sábados 21h :: Domingos 17h

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT (+)

SERMÃO AOS PEIXES






"Peixes,
a primeira coisa que me desedifica de vós
é que vos comeis uns aos outros.
Não só vos comeis uns aos outros senão que os grandes comem os pequenos.
Se fora pelo contrário, era menos mal.
Se os pequenos comeram os grandes,
bastara um grande para muitos pequenos;
mas como os grandes comem os pequenos,
não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande."

O  "Sermão de Santo António aos Peixes” foi proferido pelo Padre António Vieira em 1654 mas mantém ainda toda a actualidade. A crítica que o autor faz ao ser humano através da alegoria dos peixes é tão notável e acutilante que, infelizmente, continua a fazer todo o sentido.
No espetáculo do Trigo Limpo teatro ACERT um casal de sem-abrigo dá voz ao texto do Sermão. Principalmente ele, uma vez que de cada vez que ela tenta falar se vê impossibilitada de o fazer.
O casal acorda frente ao público e paralelamente ao ritual diário, mínimo no caso deles, vai proferindo as palavras do Sermão, como se da sua verdade se tratasse. De exemplo em exemplo desferem a sua raiva e encontram as razões da sua miséria. Ironizam sobre a sua situação através da situação actual de toda a humanidade, perdão, através do louvor das virtudes e da repreensão dos vícios, não dos homens mas dos peixes.


Texto a partir de "Sermão de Santo António aos peixes”
de Padre António Vieira
e "O aquário” de Karl Valentin
Dramaturgia, encenação e interpretação POMPEU JOSÉ e RAQUEL COSTA
Cenografia e design gráfico Zétavares e POMPEU JOSÉ
Colaboração no cenário Cláudio Lima e Rui Ribeiro
Música GUSTAVO DINIS
Desenho de luz LUIS VIEGAS
Técnico Paulo Neto
Carpintaria CARMOSERRA
Produção MARTA COSTA

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MAIO
10 e 11
Sábados 21h :: Domingos 17h

TEATRO O BANDO

OLHOS DE GIGANTE






Enquanto alguns só vêm aquilo que está mais perto, ocupados com os afazeres de cada dia, outros sonham com as paisagens e as quimeras mais longínquas, sem conseguirem distinguir os contornos que os rodeiam. Uns não sabem sonhar senão a vida, outros não sabem viver senão o sonho. Mas como se mantém então o mundo a funcionar? E que mundo é o nosso, que vivido ou sonhado, esconde sempre um outro lado?

 

Queremos partir para o desconhecido, sabendo que é preciso parar para partir, mesmo que se parta sem sair do lugar. Sabendo que se lá chegarmos não poderemos mais perguntar à nossa sombra: de quem foges tu? Sabendo que algo terá de desaparecer quando a luz se apagar. Acreditando que alguma coisa finalmente aparecerá quando a escuridão se acender.


a partir de almada negreiros
dramaturgia e encenação joão brites e miguel jesus
cenografia rui francisco
música jorge salgueiro
oralidade teresa lima
figurinos clara bento e fátima santos
com ana brandão e raul atalaia
criação teatro o bando
co-produção teatro nacional d. maria ii